sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O pirulito premiado


Mais uma vez a violência venceu o sonho. Mais uma vez um caminho é interrompido pela agressão. E para vocês que pensam que um sujeito matou outro, não é nada disso. Pois a pior agressão não é aquela que mata, mas a que acaba com um ciclo precocemente e havendo ainda vida.
E havia vida! Cheira vida! O caminho não havia chego à metade, mas uma metade podre, que cheirava morte, chegou ao meio do caminho. Um ser iluminado de escuridão ao chegar encontrou a porta fechada. E não entendeu o recado, quando a porta está fechada, não é para entrar. Mas profetizou que quando a porta abrisse quem fechou pagaria. E às vezes o preço que se paga é tão alto. Quem tem fé paga pelos pecados!
E o homem, se bem que só vale apena chamá-lo de homem pela sua espécie. Não há nada de ser humano em sua alma. Não há civilização. Somente ódio, rancor, soberba, superioridade! Ah, como é burra a superioridade. Nunca passará disso. E o Homem superior, adentrou a porta, que mesmo aberta para ele, permanecia fechada, em espírito. E ali, destruiu o futuro. Rompeu um ciclo. E junto levou tudo que se adquiri com a convivência. Levou, quebrou, acabou...
E não importa com o que acabou se era importante ou não. Ninguém tem o direito de acabar nada, somente, o fim. O ciclo natural já tem um final, não é justo acelerar. Mas o pobre sujeito serrou os punhos, afiou a língua e agrediu o trabalhador, o sonhador. Por um pirulito. Na historia real o motivo é tão besta quanto agredir alguém por um pirulito. Só porque o pirulito que ele vinha buscar é premiado. É o dinheiro compra tudo, até o fim. E assim foi...
Os amigos continuaram sendo amigos, mas agora mais longe. O ambiente de trabalho não será mais o mesmo, como será vender pirulito sem ele. Para aqueles que o conhece há pouco tempo, ficou o gostinho de poderia ter mais, para os que o tem há muito tempo, ficou um imenso vão, imenso vazio, imensa solidão.
A agressão foi na vida, não somente do jovem trabalhador, sonhador. E sim, nos amigos, conhecidos, nos possíveis conhecidos, nos desconhecidos... A agressão matou mesmo ainda tendo vida. E o agressor continua a ser superior. Nós preferimos a continuar a aprender.
A agressão pode acabar com um sonho, mas não impende o sonhador de sonhar!

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