segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Velha Infância



Hoje acordei saudoso, mal dormi durante a noite! A cada sonho acordava, mas continuava sonhando acordado. Tudo era tão intensamente durante cada sonho, poderia dizer tranquilamente que vivi uma vida em uma noite. E foi maravilhoso...

Viajei de volta no tempo deitado na minha cama, às historias, risadas, choros, momentos e os detalhes cuidadosamente registrado pela minha memória, digno de aplausos. O futebol na rua, o “timinho”, três para cada lado, os dribles, a ingenuidade, as rivalidades, o gol comemorado, tudo como alguns anos atrás. As camisetas brancas que pintávamos os símbolos, nomes e números que nós mesmos criávamos para disputar “contras” com o time da rua de baixo, valendo o melhor e mais rico prêmio de todos: um refrigerante “tubaína” que custava cinquenta centavos ou uma medalha de “honra ao mérito”, vendida nessas lojas de um real.

Cada partida era o “Jogo das nossas vidas”, ganhar era tão importante quanto aplicar um chapéu ou dar um rolinho! Realmente cada partida daquelas foram vividas com áurea.

Rodar pião, pinta-lo, deixa-lo com o seu “jeitinho” era algo comum. As bolinhas de gude, americanas, “buligões”, jogadas com capricho no mata a mata, ou com técnica no triangulo era diversão. As pipas que tomavam o céu, flutuando era uma guerra saudável, e tínhamos que estar sempre preparados para correr atrás dos boiados, e digo, preparado mesmo, sempre acontecia uma confusão!

O pião não parou de rodar, a cada jogada, lançada, a bolinha de gude rolou, rolou, rolou, e o pipas voaram como cada um de nós sentiu-se voar! E minha infância foi assim. Rodei intensamente com cada pião, deslizei pelos asfaltos e calçadas com cada uma daquelas bolinhas de gude, e voei, flutuei, dancei nos céu com cada pipa. Dei e daria a vida por cada jogo de futebol... Trocaria a eternidade por apenas alguns minutos e poder voltar no tempo e viver tudo de novo, exatamente como aconteceu! E para falar a verdade:

                             “Um dia a vida até foi engraçada...”

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